Com taxas a serem impostas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos da América (EUA), começam a conhecer-se respostas, tomadas por países e empresas. Em mais uma, a Mitsubishi decidiu congelar todas as exportações de carros para o país.
Uma vez que toda a gama de produtos da Mitsubishi nos EUA é composta por veículos importados, cada modelo está, agora, sujeito a uma taxa adicional de 25%, conforme recordado pela imprensa.
Portanto, em resposta às taxas impostas pelo Governo de Donald Trump, a Mitsubishi Motors está a travar o envio de veículos para os concessionários do país.
Embora a empresa continue a exportar para a América do Norte, suspendeu temporariamente as entregas para os seus 330 concessionários nos EUA, num esforço para evitar os custos adicionais – pelo menos, para já.
De acordo com Jeremy Barnes, diretor Sénior de Comunicações e Eventos da Mitsubishi North America, os veículos permanecerão nos portos dos EUA até que o Governo de Donald Trump anuncie os seus próximos passos relativamente às taxas.
Ao Nikkei Asia, que avançou a notícia, o diretor disse que a empresa tem stock suficiente para continuar a responder à procura, apesar do congelamento.
Dados da Cox Automotive mostram que a Mitsubishi tinha uma oferta de 79 dias de veículos nos EUA, no início de abril, confortavelmente acima da média da indústria de 70 dias.
Por enquanto, pelo menos, a empresa está a contar com uma potencial mudança na política tarifária antes que o stock dos concessionários esgote. Para já, também, não foram anunciadas quaisquer alterações de preços para os clientes americanos.
Além da Mitsubishi, outros nomes da indústria automóvel conduziram alterações logísticas, por forma a responder às taxas americanas:
- A Aston Martin, a Audi, a Lotus e a Jaguar Land Rover suspenderam temporariamente as importações de veículos para os EUA;
- A Nissan parou de receber encomendas dos Infiniti QX50 e QX55, fabricados no México;
- A Volvo está alegadamente a “matar” o sedã S90.
Esta decisão ressalva a rapidez com que a mudança de política pode perturbar a logística e o planeamento de inventário de uma fabricante de automóveis.