O mercado dos carros elétricos tem estado num alerta permanente nas últimas semanas. As mudanças nos EUA e as novas tarifas que estão a ser preparadas podem trazer problemas graves em termos de vendas. Ainda que exista esta preocupação, os dados mais recentes contrariam-na. As vendas globais de carros elétricos dispararam 29% e isso é muito positivo.
No primeiro trimestre de 2025, as vendas globais de veículos elétricos aumentaram 29% em relação ao ano passado, atingindo 4,1 milhões de unidades. Embora o salto de 40% em março tenha sido particularmente notável neste crescimento, os dados da Rho Motion mostraram que a tendência mundial está a acelerar no sentido da transição para os veículos elétricos.
Embora as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV) e híbridos recarregáveis (PHEV) tenham aumentado nos países europeus, a França ficou bem fora desta tendência. As vendas aumentaram 37% na Alemanha e 64% em Itália. Portugal tem-se mantido em linha com estes países e também as vendas têm crescido.
O Reino Unido estabeleceu um recorde ao vender mais de 100.000 veículos elétricos em março. Em contraste, a França registou uma queda de 18% nas vendas gerais e uma queda de 47% nos híbridos recarregáveis devido à redução dos incentivos governamentais.
No mercado norte-americano, as vendas aumentaram 16%. Entretanto, a situação geral permanece incerta devido às políticas comerciais que estão a ser preparadas. Espera-se que a tarifa de importação em grande escala introduzida pela administração Trump em março afete o comportamento dos consumidores no mercado dos EUA, ao aumentar os preços dos carros vindos de países como o Japão, a Coreia e o México.
A China ainda mantém a sua posição como o maior mercado de veículos elétricos. No primeiro trimestre, as vendas aumentaram 36%, para 2,4 milhões de unidades. Quase 1 milhão de veículos foram vendidos em março, um nível verificado somente em agosto de 2024.
Estes números mostram um momento de boa saúde para o mercado global de veículos elétricos. Este apresenta um forte crescimento, apesar das flutuações ocorridas neste trimestre. Ainda que os números sejam positivos, há que ter em conta o potencial impacto que as tarifas impostas pelos EUA venham a ter no futuro.