Durante o apagão que atingiu toda a Península Ibérica na segunda-feira, 28 de abril, as baterias dos automóveis – especialmente dos veículos elétricos e híbridos – assumiram um papel inesperadamente essencial, ajudando a mitigar os efeitos da falha energética.
O colapso do fornecimento elétrico provocou o caos nas cidades, com semáforos desligados durante horas e serviços básicos comprometidos. No entanto, muitos condutores recorreram às baterias dos seus veículos para carregar pequenos dispositivos eletrónicos e, em alguns casos, até fornecer energia temporária a habitações inteiras.
Os modelos mais recentes de carros elétricos incluem funcionalidades como V2L (Vehicle-to-Load) e V2H (Vehicle-to-Home), que permitem transformar o automóvel numa verdadeira fonte de energia portátil, explica o ’20 Minutos’. A função V2L permite, por exemplo, carregar telemóveis ou alimentar outro veículo. Já a tecnologia V2H permite que a energia acumulada na bateria do automóvel seja utilizada para abastecer uma casa, pelo menos durante 20 horas, dependendo da capacidade da bateria e do consumo doméstico.
Mesmo veículos com motor a combustão – gasolina ou diesel – podem desempenhar um papel útil em situações de emergência. Através das portas USB ou do conector de isqueiro, é possível carregar dispositivos como telemóveis, tablets ou computadores portáteis.
As baterias destes veículos, com uma tensão de 12 volts, são fundamentais para o arranque do motor e funcionamento dos sistemas elétricos do carro. Têm, no entanto, uma vida útil estimada entre três a cinco anos, dependendo de fatores como o clima, a frequência de viagens curtas ou o número de dispositivos eletrónicos ligados regularmente.
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