Durante o apagão elétrico que afetou Portugal em 28 de abril de 2025, todas as principais operadoras móveis — MEO, NOS, Vodafone e Digi — enfrentaram dificuldades significativas na prestação de serviços. Saiba qual teve o melhor desempenho.
A interrupção do fornecimento de energia impactou diretamente a infraestrutura de telecomunicações, levando a uma degradação generalizada da qualidade do serviço. Muitos foram os clientes que ficaram sem serviço e outros ficaram com um “serviço reduzido” no que diz respeito à performance.
Impactos do Apagão na MEO, Vodafone, NOS e Digi
- MEO
- Medidas de contingência: Reconfigurou a rede para priorizar serviços essenciais e limitou o uso de dados móveis.
- Desligamento temporário da rede 5G, para preservar recursos em zonas críticas.
- Impacto: Redução considerável da qualidade do serviço, especialmente em áreas urbanas com maior densidade de tráfego.
- Comunicação oficial: A MEO confirmou publicamente que os constrangimentos estavam relacionados com falhas no fornecimento elétrico nacional.
- NOS
- Resposta semelhante à da MEO, também com desligamento do 5G em certas áreas e limitação de dados móveis.
- Serviços degradados, com falhas de ligação e baixa velocidade de internet.
- Foco nos serviços de emergência: A operadora afirmou que tentou manter a operação mínima para bombeiros, hospitais e autoridades.
- Vodafone
- Desempenho considerado o menos afetado entre as grandes operadoras.
- Dados da Speedtest Intelligence mostram que, embora a velocidade média de download tenha caído cerca de 75%, a Vodafone conseguiu manter mais consistência nos serviços.
- Rapidez na recuperação: Segundo fontes espanholas, a Vodafone recuperou 95% do tráfego móvel até ao dia seguinte ao apagão.
- Digi
- Desempenho mais criticado: Foi amplamente apontada como a operadora com pior resposta à crise.
- Falta de infraestrutura de backup: Muitos utilizadores ficaram completamente sem serviço por horas, tanto em chamadas como em dados móveis.
- Reação negativa nas redes sociais, com clientes a reclamarem da ausência de comunicações e falta de suporte.
Este apagão evidenciou falta de preparação energética em partes da infraestrutura de telecomunicações. Tal cenário poderá levar a investimentos em baterias de backup e geradores por parte das operadoras.
Sandra Maximiano, presidente da ANACOM, admitiu recentemente que os tempos de autonomia do backup das empresas do setor não estavam preparados para o apagão que afetou Portugal.
A ANACOM está a avaliar a resposta dos operadores durante o apagão e admite vir a aplicar coimas se apurar incumprimentos.