Elon Musk afirma que ficará na Tesla até, pelo menos, 2030

Elon Musk afirma que ficará na Tesla até, pelo menos, 2030

Elon Musk voltou a ser notícia ao confirmar a sua intenção de permanecer à frente da Tesla por, pelo menos, mais cinco anos, ao mesmo tempo que anunciou uma significativa redução do seu envolvimento em atividades políticas.

Musk renova compromisso com a Tesla até 2030

Durante a sua participação, por videoconferência, no Fórum Económico do Catar, Elon Musk foi inequívoco quanto à sua dedicação à Tesla para os próximos cinco anos. O empresário admitiu que a sua participação política gerou controvérsia, mas manifestou o desejo de se concentrar agora na gestão e no futuro da empresa.

O magnata aproveitou ainda para dissipar os rumores sobre uma eventual substituição no cargo de CEO, assegurando que, apesar das especulações na imprensa norte-americana, não tenciona abandonar a liderança da Tesla.

Musk também defendeu as suas ações passadas, relativas à sua intervenção pública e gestão de outras empresas, afirmando que fez “o que tinha de ser feito” e não se arrepende das suas decisões.

A conjuntura económica da Tesla tem sido particularmente sensível no decorrer de 2025. A crise de reputação, impulsionada pelo papel político de Musk, somou-se a um cenário de quebra global nas vendas e à renovação do seu modelo mais popular, o Model Y.

No primeiro trimestre de 2025, a empresa registou uma diminuição de 71% no seu lucro líquido, fixando-se em 409 milhões de dólares. Adicionalmente, as receitas provenientes da venda de automóveis caíram 20% em comparação com o período homólogo do ano anterior, totalizando quase 14 mil milhões de dólares.

O impacto mais significativo sentiu-se na Europa, onde a marca atingiu os seus valores de vendas mais baixos dos últimos dois anos.

Estratégia de Musk: menor exposição política

Elon Musk procurou desdramatizar a situação atual da fabricante, afirmando que o volume de vendas “já sofreu uma inflexão positiva”, embora tenha admitido que a Europa representa a região com desempenho mais fraco.

Somos fortes no resto do mundo. As nossas vendas estão a correr bem neste momento e não prevemos uma quebra significativa.

Justificou o CEO. Depois, aproveitou a intervenção para comunicar que irá reduzir consideravelmente os seus gastos em campanhas e eventos políticos, afastando-se do centro das atenções políticas para se focar na gestão das suas empresas.

Contudo, Musk questionou o real dano reputacional que a sua incursão política terá causado à marca:

Sim, talvez tenhamos perdido algumas vendas no espectro da esquerda, mas ganhámo-las no da direita. Os números de vendas atuais são sólidos e não vemos problemas com a procura.

Explicou. As ações da Tesla registaram uma valorização de até 3,6% após o anúncio, contrariando a tendência geral de baixa do mercado.

 

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