A imposição de taxas pelos Estados Unidos da América (EUA) mexeu inegavelmente com o mercado, com as empresas a procurarem soluções estratégicas. Enquanto lesadas desta política protecionista, as alemãs BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen estarão em negociações para um possível acordo.
A Alemanha é casa de algumas das empresas de automóveis mais preponderantes da indústria europeia, que são, ao mesmo tempo, importantes fornecedores dos EUA em matéria de carros, exportando muitos dos seus modelos para território americano.
Aliás, os EUA são o maior mercado de exportação de empresas como a Volkswagen, a BMW e a Mercedes-Benz.
Com as taxas de 25% sobre as importações de automóveis para os EUA, estes nomes alemães estão à procura de soluções, nomeadamente por via de negociações com Washington.
Alemãs falam diretamente com os EUA sobre as taxas
Segundo três pessoas familiarizadas com o assunto, citadas pela imprensa, a BMW, a Mercedes-Benz e a Volkswagen estão em conversações com os EUA para um possível acordo sobre as taxas de importação, procurando obter alguma vantagem que amenize o impacto das taxas.
Uma das fontes disse que as empresas esperam que as negociações com o Departamento de Comércio dos EUA possam resultar num acordo já em junho, mas tal dependeria de um compromisso das empresas com investimentos substanciais que influenciariam o Governo dos EUA.
De acordo com as propostas em discussão, partilhadas por outra fonte, as fabricantes alemãs receberiam créditos pelos carros que exportam dos EUA, que poderiam, então, ser deduzidos das taxas.
Apesar de terem afirmado anteriormente que mantinham negociações com o Governo dos EUA sobre a questão das taxas, as fabricantes recusaram-se a comentar sobre quais negociações, agora.
Com a desaceleração prolongada da indústria alemã e a forte concorrência externa, não é de estranhar que as fabricantes alemãs estejam a lutar para conter as consequências das taxas impostas pelo Governo de Donald Trump.