Para a grande maioria das pessoas, comprar um carro é um momento importante e a escolha deve ser ponderada, considerando vários elementos. Segundo um novo estudo, um deles deve ser a cor, uma vez que esta vai influenciar o valor do seu modelo, a longo prazo.
Aquando da compra de um carro, a decisão relativamente à cor parece ser normalmente subjetiva, com o futuro proprietário a optar por aquela(s) de que mais gosta.
Contudo, um novo estudo indica que a escolha da cor deve ser, também, estratégica, pois a pintura pode influenciar quanto dinheiro um carro perde ao longo do tempo.
Mesmo que o objetivo não seja, desde logo, vender o carro posteriormente, pode ser importante considerar este dado no momento da escolha.
De facto, um veículo usado perde, em média, cerca de 31% do seu preço original de tabela após três anos, segundo o novo estudo, conduzido pela iSeeCars. A análise procurou ir além dos valores monetários brutos, revelando quanto a escolha da cor pode custar (ou “poupar”) a um proprietário, a longo prazo.
Quais as cores que perdem menos valor?
O estudo indica que o amarelo, o laranja e o verde são as cores que melhor retêm o seu valor. Após três anos:
- Os carros verdes perderam 26,3% do seu valor;
- Os carros laranja perderam 24,4% do seu valor;
- Os carros amarelos perderam 24% do seu valor.
Conforme o analista executivo da iSeeCars, Karl Brauer, “o amarelo e o laranja estão entre as melhores cores em termos de valor retido desde que a iSeeCars começou a acompanhar a depreciação por cor”.
Apesar de não serem “cores muito populares”, têm mais procura do que oferta, o que se traduz num valor mais alto no mercado de usados.
Por sua vez, carros com cores neutras, como preto e branco, desvalorizam mais, 31,9% e 32,1%, respetivamente. A pior cor a longo prazo para um carro é, segundo a iSeeCars, o dourado, que desvaloriza 34,4%.
O analista executivo justifica que “branco e preto são as duas cores mais comuns em carros, o que sugere que muitas pessoas as querem; mas isso também significa que essas cores não oferecem nenhuma distinção no mercado de usados, reduzindo o seu valor e facilitando que os compradores procurem o modelo mais barato nessas tonalidades”.
Curiosamente, o cenário muda um pouco no segmento de camiões, onde laranja, verde e cinza ocupam os três primeiros lugares em termos de valor mantido ao longo de três anos.
Enquanto os camiões laranja perderam apenas 16% do seu valor ao longo de três anos, os camiões brancos, bege e vermelhos perderam mais valor, refletindo quedas de 28,3% a 28,8%.
Posto isto, apesar de a cor do carro não ser um fator decisivo, pode ser relevante (e até benéfico, a longo prazo) considerá-la na decisão.