Em mais uma intervenção pública – onde falou sobre o novo Alpine A110 -, Luca de Meo, diretor-executivo do Grupo Renault, afirmou que, apesar de os carros elétricos terem sido, “na sua maioria, eletrodomésticos”, a empresa procura provar que a tecnologia pode ser divertida, pode ter alma.
A apostar nos carros eletrificados, ainda que sem deixar outras tecnologias relevantes para trás, o Grupo Renault quer mostrar que os carros elétricos podem ser divertidos, nomeadamente por via do Alpine A110, o “Porche 911 da Alpine”.
Estamos mais ou menos ao mesmo nível que os outros. Estamos todos a aprender, todos a investir em tecnologia de baterias e motores elétricos. Não é que tenhamos de colmatar uma lacuna de 100 anos, por isso talvez seja uma oportunidade para nós.
Afirmou Luca de Meo, diretor-executivo da empresa francesa, numa entrevista, à imprensa britânica.
Segundo o executivo, “a primeira geração, os carros elétricos eram, na sua maioria, eletrodomésticos como máquinas de lavar roupa: algo feios e sem emoção”.
Luca de Meo, diretor-executivo do Grupo Renault
No entanto, o Grupo Renault trabalha para “demonstrar que a tecnologia elétrica pode ser realmente divertida”, que é possível dar-lhe “alma”.
A postura original da Alpine era fazer mais com menos, usar materiais leves em vez de um produto enorme com baterias de grande capacidade. Essa é a janela que vejo novamente.
No sentido de reforçar a sua diferença em relação à Renault, a Alpine tem mostrado o que é capaz de construir.
Alpine A110 será 100% elétrico e tecnologicamente avançado
Além das melhorias nos seus A290 e A390, sabe-se que a próxima geração do Alpine A110, que deverá ser apresentada no Paris Motor Show, em outubro de 2026, será uma verdadeira ode à tecnologia, integrada num desportivo 100% elétrico.
[O A110] é o nosso produto icónico, o Porsche 911 da Alpine.
A base para este modelo será a Alpine Premium Platform (APP), que permitirá à marca estar à altura dos seus rivais. A par de avanços como um sistema de 800 volts e motores integrados nas rodas traseiras (como o Renault 5 Turbo 3E), a bateria de alta densidade energética proporcionar-lhe-á uma autonomia de cerca de 560 km.