Ensaio Xpeng G6 Performance: tecnologia que inspira, potência que move

Tal como todas as novas marcas , existe sempre receio por parte do consumidor do produto que vamos adquirir e, para isso, torna-se necessário informar-nos e perceber a veracidade dessa nossa perceção. Logo à partida temos que a marca é distribuída pelo Grupo Salvador Caetano o que nos dá tranquilidade e garantias. 

Ensaio Xpeng G6 Performance: tecnologia que inspira, potência que move

Tal como todas as novas marcas que entram no mercado existe sempre receio por parte do consumidor do produto que vamos adquirir e, para isso, torna-se necessário informar-nos e perceber a veracidade dessa nossa perceção. Logo à partida temos que a marca é distribuída pelo Grupo Salvador Caetano, o que nos dá tranquilidade e garantias.

A Xpeng veio à pouco tempo para o mercado português com óbvias ambições de conquistar um lugar no concorrido mercado dos elétricos. E esta marca chinesa não se trata de mais uma pois incorpora no seu ADN a construção de bons automóveis e também com muita tecnologia. Trata-se de uma marca que está cotada na bolsa de Nova Iorque e de Hong Kong e, além disso, tem no seu corpo acionista entre outros grupos fortes o Ali Baba e o grupo Volkswagen, via Porsche.

Mas só isso não basta, porque o modelo tem de agradar ao consumidor e esse trabalho dos designers é hoje cada vez mais difícil pois nunca tivemos tantas marcas e tantos modelos no mercado. Mas olhando para as fotografias, e ao vivo, o Xpeng consegue aliar futurismo com uma estética consensual e elegante.

Começa a ser normal nas marcas assinatura uma luminosa  quase impercetível permitida pelos Led. E aqui passa-se o mesmo, com uma assinatura luminosa a percorre toda a largura do modelo e nesta cor negra do G6  ainda fica mais discreta. Os pára-choques não sendo muito robustos incorporam as luz de presença e uma pequena grelha na zona inferior do mesmo. Termina depois numa traseira também ela de belo efeito visual. Destaque novamente para assinatura luminosa horizontal e bastante discreta.

Em resumo, trata-se de um modelo elegante, que transmite robustez mas também desportividade e aerodinamismo.

Neste modelo que tem como rivais declarados a Tesla percebe-se que a marca dedicou bastante tempo aos detalhes para tornar agradável.

Foi a primeira vez que entrei num Xpeng e normalmente existem duas situações com que nos deparamos: Ou tenho que me adaptar ao modelo ou o mesmo é “suficientemente agradável” que tudo parece estar no sítio certo. E foi isto que encontrei. Os bancos estão bem desenhados e são o nosso primeiro contar contacto com o modelo e revelam-se envolventes e confortáveis sendo que parte da sua regulação pode ser feita no próprio banco ou depois no ecrã central. O tablier foi desenhado sem grandes formas, muito direito com bons materiais acoplando depois um painel de instrumentos bastante legível e um ecrã central de grandes dimensões que recebe todas as funções do automóvel.

Uma vez encontrado a nossa posição de condução tudo converge para uma viagem agradável pois a ergonomia está num bom patamar e a usabilidade também. Voltamos a perceber o cuidado que a marca conferiu ao desenvolvimento do software para o ecrã central pois a transição entre ecrãs é muito agradável e intuitiva.

Ao nível da consola central encontramos dois carregadores por indução ventilados o que se torna uma vantagem pois os telemóveis não aquecem aquando do carregamento e depois possui um espaço para copos e um grande alçapão que serve de apoio de braços e, por fim, por baixo da consola central mais um espaço para grandes arrumações de objetos.

O espaço interior é bom, tanto à frente como atrás e é chegada a hora de perceber como é que ele se comporta em estrada.

O volante não circular de pequenas dimensões agrada, não só pelo design mas também pela funcionalidade. E assim que arrancamos com os 476 cavalos e a tração total deste SUV compreendemos  obviamente que se trata de um modelo bastante rápido em qualquer circunstância, Seja no modo eco, normal, ou desportivo (muito progressivo).

Uma das primeiras sensações é a reação da direção (também ela parametrizada para ser mais leve ou mais pesada) e nos primeiros 500 m percebemos que se trata de uma viatura fácil de conduzir, que não requer aprendizagem. Ao longo dos quilómetros conseguimos acrescentar-lhe que se trata de um modelo confortável mas também bastante eficiente no seu comportamento dinâmico.

Ao longo dos quilómetros dá para compreender que a viatura oferece as qualidades de conforto mas também de eficácia dinâmica no seu comportamento tanto mais visível quando circulamos em autoestrada e o sistema de condução autónoma nos ajuda imenso nas ultrapassagens dando com precisão o local para onde a viatura irá e depois quando acionamos novamente os piscas retorna à posição original utilizando o sistema de câmaras 360°. A sinistralidade automóvel tenderá a médio prazo a diminuir drasticamente com estes avanços da tecnologia.

E é aqui também que a marca aposta, oferecendo o máximo possível de tecnologia para o tornar uma referência. Possui também outros itens interessantes como a possibilidade de sessões de relaxamento dentro do carro.

Uma palavra interessante também para o sistema de som que surge em muitos locais espalhados pelo habitáculo mas aqui dando destaque as colunas colocadas no tejadilho e também no encosto de cabeça, garantindo uma audição de elevada qualidade.

Os 476 cavalos são mais que suficientes para o dia-a-dia e para atingirmos felicidades proibitivas;  num percurso de autoestrada com 300 km consegui mesmo assim ficar como reserva de 36% de bateria, o que é uma garantia para viagens bastante mais longas.

Em resumo, diria que a marca tem tudo para se tornar um caso de sucesso em Portugal e uma dor de cabeça para muita concorrência pois consegue aliar neste produto qualidade, muito equipamento e tecnologia de última geração, autonomia e um preço bastante competitivo, aliado a um grupo referencial como é o grupo Salvador Caetano.

Preço desde 43.000€ até aos 59.990€ da versão de topo – a de ensaio com tração total e 476cv

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