A Stellantis anunciou a nomeação de Antonio Filosa como novo CEO do grupo automóvel, marcando uma viragem na liderança da empresa que sucede à longa gestão de Carlos Tavares. Pouco depois de ter sido confirmado no cargo, Filosa deu início a uma profunda reestruturação da equipa de gestão, sinalizando o início de uma nova era na multinacional que detém marcas como Peugeot, Fiat, Opel, Citroën e Jeep.
Apesar de ter sido apontado como sucessor apenas no final de maio, Filosa – um homem da casa – perdeu pouco tempo para imprimir a sua visão. A velocidade com que iniciou as mudanças contrasta com o prolongado e silencioso processo de transição após a saída de Tavares no final de 2024, revela o ‘Expansión’.
Sob a liderança de Tavares, a Stellantis centrou-se numa estratégia rigorosa de corte de custos, que devolveu rentabilidade à empresa, mas que também foi criticada por não acompanhar o ritmo de transição para o carro elétrico. O impacto dessa abordagem ficou patente em 2024, quando a empresa registou uma queda de 70% nos lucros.
Para inverter esta trajetória, Filosa anunciou ontem a nova equipa de gestão da Stellantis. Entre as principais mudanças estão a nomeação de Doug Ostermann como novo diretor financeiro, Davide Mele para o Planeamento de Produtos e Monica Genovese para a área de Compras. Foi ainda criado o novo cargo de chefe da Cadeia de Abastecimento, atribuído a Scott Thiele.
No comité de gestão, entram também Clara Ingen-Housz (Comunicação e Relações Públicas) e Sébastien Jacquet (Qualidade). Jean-Philippe Imparato, que chegou a ser apontado como potencial CEO, mantém-se como responsável pela operação europeia. Emanuele Cappellano continuará a liderar a América do Sul e a divisão de veículos comerciais. Philippe de Rovira assumirá os mercados restantes, enquanto Arnaud Deboeuf continuará responsável pela Produção. Xavier Chéreau lidera Recursos Humanos e Ned Curic mantém-se à frente do Desenvolvimento de Produtos e Tecnologia.
Entre as saídas de relevo está a de Maxime Picat, ex-responsável pelas áreas de Compras e Qualidade de Abastecimentos, também apontado como potencial sucessor de Tavares, e que agora deixará o grupo.
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