E se o uso de detetores de radares na realidade lhe rendesse mais multas por excesso velocidade do que um motorista médio? Esta é a conclusão de um estudo realizado nos Países Baixos sobre o comportamento ao volante e o risco de ser apanhado por confiar demais na tecnologia e na comunidade.
Em causa estão os alertas de velocidade no Waze e no Google Maps. Embora a sua utilidade não seja questionada pelos muitos condutores, existe um viés estranho: a confiança. Ou seja, sabendo-se que a aplicação o vai alertar para a presença de todos os radares de velocidade na via, é possível que o pé ‘fique mais pesado’ no acelerador, podendo ajustar a velocidade quando avisado pelas aplicações.
No entanto, estes alertas baseiam-se no princípio de denúncia comunitária, que está longe de ser infalível. Algumas pessoas já receberam multas por excesso de velocidade em locais onde nem o Waze, nem o Google Maps, nem o Coyote detetaram qualquer fiscalização de velocidade.
“Um quarto dos motoristas holandeses recebeu uma multa por excesso de velocidade no ano passado. Os homens estão na liderança, de acordo com o estudo: 33% deles receberam uma multa, em comparação com 21% das mulheres. Entre os homens pesquisados, 42% relatam usar uma aplicação, em comparação com 30% das mulheres”, refere – apenas 19% foram apanhados em excesso de velocidade sem usar uma aplicação.
“Isso aumenta o risco de multas, principalmente se se for avisado tarde demais ou se, erradamente, achar que não há fiscalização. É melhor moderar a velocidade por questões de segurança, não apenas para evitar multas”, apontou um especialista em seguros que participou no estudo.
Na Europa, França é o único país que proíbe Waze ou Google Maps de sinalizar a presença dos radares móveis.
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