A Airloom Energy está a desenvolver um novo tipo de turbina eólica que promete ser mais barata, mais rápida de instalar e mais eficiente do que as colossais turbinas de três pás atuais. A primeira turbina em escala comercial já está a ser erguida, como parte de um projeto para demonstrar que a tecnologia funciona no mundo real.
Na perspetiva de Neal Rickner, diretor-executivo da Airloom Energy, “as tecnologias energéticas atuais não conseguem atender à crescente complexidade e procura da próxima década”.
Por isso, é necessário criar “sistemas mais flexíveis que possam ser construídos rapidamente e em escala”. Para Rickner, esta “é a única maneira de alcançarmos segurança e independência energéticas reais”.
Procurando responder a este desafio, a Airloom criou um tipo de turbina diferente do utilizado hoje em dia, que consiste em três pás.
As turbinas da Airloom são compactas e modulares: em vez de varrer uma área circular como as turbinas tradicionais, varrem uma área retangular, assumindo uma forma que lhes permite capturar mais vento em menos espaço.
Desta forma, tornam-se mais adequadas para áreas com terreno limitado ou restrições rígidas de altura, como aeroportos ou bases militares.
Além disso, por serem construídas com peças pequenas, fabricadas em massa nos Estados Unidos, são mais baratas de transportar e mais fáceis de instalar.
Enquanto os projetos eólicos tradicionais podem levar até cinco anos para serem construídos, a Airloom afirma que as suas turbinas podem estar em funcionamento em menos de um ano.
Dave Belote, coronel reformado da Força Aérea dos Estados Unidos, é um dos consultores nacionais da Airloom Energy e tem ajudado a empresa a garantir que as especificações da sua tecnologia estão conforme o serviço militar. Crédito: Renee Jean, via Cowboy State Daily
Energia eólica mais barata e eficiente
Apoiada pela Breakthrough Energy Ventures, de Bill Gates, a Airloom está a instalar a primeira turbina em escala comercial, em Wyoming, nos Estados Unidos. Este primeiro projeto tem alguns objetivos específicos:
- Comprovar o desempenho das turbinas;
- Validar a economia de custos;
- Oferecer insights para o desenvolvimento de estratégias de manutenção e implementação.
Para Paul Judge, ex-chefe de gestão de produtos da GE Onshore Wind e agora consultor da Airloom, “este projeto-piloto é mais do que um espaço de teste; é o início de uma abordagem fundamentalmente nova para a geração de energia renovável resiliente.”
Se correr bem, assegurará “energia eólica mais rápida de implementar, eficiente em termos de uso do solo e construída para os desafios energéticos que temos pela frente”.
Entretanto, os projetos comerciais deverão ter início em 2027, com a Airloom a explorar outros contextos de utilização, como a defesa, a assistência em caso de catástrofe e a energia eólica offshore.