Por verem as florestas e montanhas de Portugal a passarem de verdes a cinzentas, a cada verão, dois portugueses criaram aquele que descrevem ser o primeiro robô de reflorestação todo-o-terreno do mundo. Descaradamente português, o Trovador é um robô autónomo que consegue fazer o que nenhum outro método atual consegue: “reflorestar terrenos íngremes e queimados com rapidez, precisão e cuidado”.
Anualmente, testemunhámos incêndios devastadores, que ceifam as nossas florestas e destroem o que demora largos anos a erguer naturalmente.
Só desde 2000, Portugal perdeu mais de 50% da sua cobertura florestal, com mantos de árvores a precisarem de ser recuperados.
Perante a ausência de ferramentas e métodos para recuperar as florestas com a rapidez necessária, dois jovens criaram um robô que faz, segundo eles, o que nenhum outro método atual consegue: “reflorestar terrenos íngremes e queimados com rapidez, precisão e cuidado”.
Se o fogo pode destruir uma floresta em minutos, porque são precisos anos para começar a recuperá-la?
Perguntaram os jovens empreendedores, Marta Bernardino e Sebastião Mendonça, numa questão que serviu de mote ao desenvolvimento do Trovador.
Conforme partilhado com o Pplware, o robô autónomo português, descrito pelo National Geographic como uma das soluções climáticas lideradas por jovens mais promissoras do mundo, diferencia-se dos demais métodos pelas seguintes características:
- Escala terrenos acidentados, indo onde outros métodos não conseguem;
- É rápido, plantando ~200 árvores por hora;
- É autónomo, seguindo o seu próprio caminho de plantação;
- Graças à plantação precisa e à adaptação em tempo real às condições do solo, está associado a altas taxas de sobrevivência;
- É económico, uma vez que a automação e a alta sobrevivência resultam num custo por árvore mais baixo do que os métodos existentes;
- É amigo do solo, pois opera com contacto mínimo, preservando-o.
Construído com materiais reciclados, o primeiro protótipo (à esquerda, na galeria abaixo) comprovou o conceito.
Robô Trovador pode chegar às florestas em breve
A trabalhar na versão em escala real, os dois jovens estão a angariar apoio.
Conforme asseguram, o valor destinar-se-á “exclusivamente” à construção da máquina. Caso angariem um montante superior, “cada euro extra será utilizado para plantar mais árvores ou melhorar o robô”.
Caso queira contribuir, a equipa criou uma iniciativa de crowdfunding, disponível aqui.