Apesar da insistência relativamente à adoção em massa de carros elétricos, há quem aborde outras alternativas, colocando o hidrogénio como a solução mais viável. O que dizem os dados sobre a atual adoção de ambas as tecnologias pelos clientes?
Os clientes são quem marca o passo da indústria, ditando o sucesso ou fracasso daquilo que as marcas apresentam.
Relativamente às tecnologias alternativas aos modelos de combustão interna, os clientes parecem estar a apostar mais nos modelos movidos a bateria, em comparação com o hidrogénio.
Em 2024, foram matriculados 17,4 milhões de carros eletrificados no mundo, mais 17% do que no ano anterior.
O número total de veículos elétricos em circulação chegou a 55,82 milhões, segundo o último relatório do alemão ZSW, um dos institutos líderes em investigação aplicada, na Alemanha.
Veículos elétricos (a bateria e híbridos plug-in), em 31 de dezembro de cada ano, em milhões.
Entretanto, conforme citado pela imprensa, as vendas de carros a hidrogénio têm diminuído, com os números dos últimos três anos a revelarem que forem vendidos aproximadamente 46.000 modelos em todo o mundo:
- Em 2022, foram vendidas 20.704 unidades em todo o mundo;
- Em 2023, as vendas caíram 30,2%, com apenas 14.451 unidades vendidas a nível mundial;
- Em 2024, a situação foi ainda pior, estimando-se que as matrículas tenham ficado nas 12.000 unidades.
China em destaque no mercado automóvel
Em matéria de elétricos, a China é a clara vencedora: dos 55,8 milhões de carros elétricos que circulam pelo mundo, mais de metade deles rolam nas estradas da China, que domina o mercado com 11,3 milhões de novas matrículas.
O país asiático está consideravelmente à frente dos Estados Unidos (1,6 milhões) e da União Europeia (2,4 milhões).
Apesar dos números europeus, a Noruega continua a marcar o passo em matéria de implementação de carros elétricos: em 2024, 8 em cada 10 carros novos eram elétricos, graças a uma política de incentivos sustentada ao longo dos anos.
A hegemonia chinesa reflete-se nos modelos mais vendidos: 8 dos 10 mais populares são de origem chinesa, e a sua oferta abrange desde utilitários a SUV.
Perante este cenário, os especialistas alemães apelam a que a indústria europeia se apresse a lançar modelos elétricos mais acessíveis e competitivos, no sentido de travar a perda de quota de mercado.
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