Embora os veículos elétricos (EV) já tenham deixado de ser uma invenção do futuro há algum tempo – e cada vez mais condutores estejam a deixar para trás os carros a combustão -, a a verdade é que ainda é uma indústria em desenvolvimento. Todos os dias, milhares de especialistas trabalham para aprimorar o desempenho destes veículos, sendo que a duração da bateria e o tempo de carregamento são duas das áreas com maior potencial de melhoria.
Nesse sentido, um grupo de investigadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL) do Departamento de Energia dos EUA desenvolveu uma bateria com potencial para suportar cargas extremamente rápidas. O estudo, publicado na revista ‘Energy & Environmental Materials’, pode, segundo os autores, “revolucionar o processo de fabrico de baterias”.
O ORNL contou com a ajuda do Soteria Battery Innovation Group e, juntos, demonstraram que um novo coletor de corrente pode carregar uma bateria até 80% da capacidade em apenas 10 minutos.
Para entender como esse coletor de corrente funciona, é importante entender que é um componente responsável por transportar a eletricidade da bateria para o restante do circuito. Normalmente, são feitos de folhas de cobre ou alumínio, mas, neste caso, são feitos de uma película plástica revestida com camadas muito finas de cobre. Isso torna o coletor de corrente mais leve, barato e fino.
Apesar de ser feito de materiais mais leves, o coletor de corrente mantém o mesmo desempenho eletroquímico dos tradicionais. Além disso, o seu peso mais leve permite que o veículo utilize mais energia para se movimentar sem precisar carregar o seu próprio peso. Da mesma forma, o seu tamanho menor permite mais espaço para armazenamento da bateria, aumentando assim a sua autonomia.
Assim, destacou a publicação espanhola ‘El Economista’, graças ao seu design, a bateria pode ser carregada até 80% em apenas 10 minutos. Como se não bastasse, também é mais segura. Brian Morin, CEO da Soteria, explicou que o seu coletor de corrente “age como um disjuntor dentro da bateria e elimina aproximadamente 90% dos incêndios em baterias de íons de lítio causados por curtos-circuitos”.
Outra vantagem deste coletor de corrente é que ele requer menos materiais metálicos e é mais barato de fabricar. De facto, o ORNL observou que o custo pode ser reduzido em até 85%, tornando os carros elétricos mais acessíveis. Para o investigador principal, Georgios Polizos, “isso representa uma economia significativa em materiais quase críticos, já que são necessários muito menos cobre e alumínio”.
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