A Mercedes tem no seu ADN lançar automóveis cuja estética demora a envelhecer e, quando isso acontece a maior parte tornam-se clássicos. Por outro lado, os mesmos continuam a ser uma referência no segmento premium, seja na qualidade, no comportamento e na eficácia.
O CLE não é propriamente uma novidade no mercado automóvel mas beneficia de uma linha estilística idêntica ao seu irmão mais velho mas mais tradicional. Com formato Coupé mas onde também existe a versão cabrio, ambos exibem capot dianteiro de grandes dimensões, as duas portas, uma dianteira similar a toda a gama da Mercedes com os faróis horizontais que se prolongam para a lateral do CLE.
Ao centro da grelha o logotipo da marca domina a frente, e a traseira termina também com a assinatura luminosa que segue a nova tendência da marca; horizontal e esguia.
Há muitos anos falava-se do tradicionalismo do interior dos Mercedes; hoje tal não acontece pois o mesmo combina arrojo com elegância e requinte. Os bancos que nos acolhem são cinéticos o que nos permitem fazer longas viagens sem cansaço, graças aos movimentos que os mesmos vão efetuando ao longo da viagem, o volante estilizado com o diâmetro e espessura ideais contêm as patilhas (para mim desnecessárias, tal a qualidade da caixa automática).
Um painel de instrumentos totalmente digital de ótima leitura e o ecrã central vertical que concentra a totalidade das funções do modelo, e que, graças a um software muito intuitivo torna a usabilidade do mesmo simples e fácil de utilizar com uma fluência muito assertiva entre écrans e funções.
Com uma posição de condução muito bem conseguida a que se junta a consola central com o apoio de braços com a dimensão e posicionamento correto, é tempo de iniciar o ensaio dinâmico numa viatura que possui mais de 300 cavalos, que combina um motor a gasolina de 2000 cm³ com um motor elétrico (que garante uma autonomia até aos 111 kms – quase lá cheguei).
Arranca por isso quase sempre em modo elétrico e logo aí dá para perceber a qualidade de insonorização – não somente dos ruídos aerodinâmicos, como das suspensões ou do ruído da estrada – sendo o conforto proporcionado por este modelo de nível superior.
Mesmo parametrizando o modelo para o modo Sport, quando o motor a gasolina entre em funcionamento (aqui é mais percetível que noutros modos de condução) o Mercedes é progressivo no seu arranque e garante uma estabilidade direcional elevada, assim como, um comportamento de referência, coadjuvado por uma direção com o peso ideal que nos transmite um ótimo feedback da estrada.
É um daqueles automóveis cujo prazer de condução é elevado e que tanto pode ser conduzido em ritmo de passeio ou então de uma forma mais desportiva – sendo que aqui vêm ao de cima as qualidades do modelo e da marca, na construção de automóveis de grande qualidade, seja de construção/materiais como no capítulo do comportamento, conforto e estabilidade direcional. Outro ponto a destacar é a brecagem e a facilidade com que se movimenta entre espaços apertados.
Tem um preço que começa nos €65.000 para a versão menos potente e que pode ir até perto dos 78. 000€ para as versões mais potentes ou de tração às quatro rodas , numa marca que continua a demonstrar que se encontra no bom caminho na construção de automóveis de grande qualidade e referenciais.
Leia este e outros artigos aqui.