Depois de lançar produtos improváveis como lança-chamas, perfumes com cheiro a queimado e calções curtos com o logótipo da empresa, Elon Musk dá agora um novo passo no universo do entretenimento e restauração. O CEO da Tesla inaugurou esta semana, em pleno coração de Hollywood, o primeiro Tesla Diner: um espaço inovador que combina restaurante americano clássico, cinema drive-in e uma das maiores estações urbanas de carregamento rápido para veículos elétricos no mundo.
Aberto 24 horas por dia, o Tesla Diner situa-se na icónica Santa Monica Boulevard, em West Hollywood, e promete tornar-se uma nova atração turística de Los Angeles. O conceito é descrito pela própria empresa como uma “experiência retro-futurista de diner e carregamento com drive-in”, pensada tanto para condutores de Tesla como para qualquer visitante curioso — tudo isto num ambiente altamente instagramável e carregado de referências à cultura pop e à mobilidade do futuro.
“Com influências de design retro-futurista, esta localização oferece acesso de carregamento a condutores Tesla e não Tesla ao longo da histórica Route 66”, lê-se no site oficial da marca.
Optimus giving popcorn to kids pic.twitter.com/8UDFFD9pxL
— Tesla Owners Silicon Valley (@teslaownersSV) July 20, 2025
250 lugares sentados, menu completo e robôs a servir pipocas
Com dois andares e mais de 250 lugares para refeições, o espaço apresenta uma ementa variada dividida por seis secções: pequeno-almoço, hambúrgueres e sanduíches, menu infantil, acompanhamentos, sobremesas e bebidas. Entre os destaques, encontram-se opções como o “Tesla Burger” (13,50 dólares), sanduíche de atum “Tuna Melt” (14 dólares), hot dog (13 dólares), tacos de pequeno-almoço (11 dólares), egg sandwich (12 dólares) ou biscuits and red gravy (15 dólares).
As crianças podem escolher entre o queijo grelhado (9 dólares), hambúrguer infantil (13 dólares) ou frango panado com batatas (13 dólares) — todos servidos numa caixa em forma de Cybertruck, o popular veículo da marca.
A experiência ganha ainda uma dimensão verdadeiramente futurista com a presença do Optimus, o robô humanoide da Tesla, que já foi visto a servir pipocas aos clientes no exterior, num vídeo que rapidamente se tornou viral na rede social X (antigo Twitter).
Cinema ao ar livre com ecrãs gigantes e vista para Los Angeles
No exterior, o espaço conta com duas megaestruturas LED de 20 metros cada (cerca de 66 pés), onde os visitantes podem assistir a filmes enquanto carregam os carros ou comem dentro dos veículos — graças à app Tesla Diner, que permite fazer pedidos e escolher sessões diretamente a partir do ecrã do automóvel.
O andar superior do restaurante, conhecido como “Skypad”, oferece uma vista panorâmica sobre Los Angeles e permite uma experiência mais elevada para quem prefere jantar enquanto vê um filme ao ar livre.
“Faça o seu pedido com antecedência ou no local, através do ecrã do seu veículo ou jante no interior”, explica a Tesla.
Mas nem só de hambúrgueres vive o espaço. Com 80 postos de carregamento V4, esta é a maior estação urbana de Supercharging do mundo. A infraestrutura está equipada com coberturas solares que, segundo a Tesla, ajudam a reduzir as emissões de carbono em cerca de 12 mil toneladas por ano — tornando o carregamento não só rápido, mas também mais sustentável.
“As coberturas solares oferecem sombra ao parque de carregamento oeste, ajudando a reduzir as emissões de CO₂ do local em cerca de 26,6 milhões de libras por ano”, referiu a empresa.
Loja de recordações e crítica social
Como não poderia deixar de ser num projeto de Elon Musk, o restaurante conta também com uma loja de recordações. Entre os produtos disponíveis estão uma figura de ação do Tesla Bot, camisolas com design retro, gomas em forma de veículos Tesla e bonés estilo camionista com o logótipo do novo restaurante.
Apesar da receção entusiástica nas redes sociais — com comentários como “Isto devia existir em todo o lado” ou “O sítio mais cool de LA neste momento” —, o projeto também gerou críticas.
Alguns utilizadores das redes apontaram o impacto visual da estrutura nas habitações vizinhas. “Sinto pena de quem vive no prédio ao lado e perdeu completamente a vista, agora tapada pelo ecrã gigante colocado mesmo à frente das janelas”, escreveu um internauta. Outro comentou: “Imaginem viver num dos apartamentos virados para aquilo”.
Outras vozes criticaram a ausência de opções vegetarianas ou veganas no menu, especialmente numa cidade como Los Angeles. “Tentámos ir com a família, mas não havia nenhuma opção à base de plantas. Até a tosta de abacate tem ovos no pão e as batatas são fritas em gordura animal. Tivemos de desistir”, lamentou um utilizador.
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