Stellantis passa de lucros a prejuízos de 2.256 milhões de euros até junho

O grupo automóvel Stellantis teve prejuízos de 2.256 milhões de euros no primeiro semestre, valor que compara com um lucro de 5.646 milhões de euros um ano antes, fruto da quebra de receita, anunciou hoje a empresa.

Stellantis passa de lucros a prejuízos de 2.256 milhões de euros até junho

O grupo automóvel Stellantis teve prejuízos de 2.256 milhões de euros no primeiro semestre, valor que compara com um lucro de 5.646 milhões de euros um ano antes, fruto da quebra de receita, anunciou hoje a empresa.

Os resultados hoje anunciados confirmam a estimativa de perdas de 2,3 mil milhões de euros anunciadas na semana passada pela ‘gigante’ que reúne marcas como Peugeot, Fiat, Chrysler ou Citroen.

A nível de receitas, a quebra foi de 13% em termos homólogos, para 74.261 milhões de euros, numa variação que “foi principalmente conduzida pelas regiões da América do Norte e a Europa Alargada” e “parcialmente compensada pelo crescimento na América do Sul”.

Para os resultados, contribuíram ainda os impactos das alterações cambiais, as tarifas [norte-americanas] e a diminuição do volume da indústria europeia de veículos comerciais ligeiros”.

Com as tarifas, o grupo sediado nos Países Baixos estima um impacto de 1.500 milhões de euros, “dos quais 300 milhões de euros incorreram no primeiro semestre”.

O recém-empossado presidente executivo (CEO) da Stellantis, Antonio Filosa, reconheceu que 2025 “está a mostrar-se um ano difícil, mas também de melhorias graduais”.

“Os sinais de progresso são evidentes quando se compara o primeiro semestre deste ano com o segundo semestre do ano passado”, afirmou, referindo-se às melhorias de volume de receitas e resultados ajustados.

Em termos operacionais, as perdas foram de 2.710 milhões de euros, tendo sido aligeiradas por benefícios fiscais no valor de 614 milhões de euros.

No primeiro semestre, os custos com reestruturação somaram 522 milhões de euros e a campanha para corrigir os problemas com os ‘airbags’ Takata representou 239 milhões de euros.

O fim do programa de célula de combustível também foi descontinuado, representando um peso de 733 milhões de euros nas contas do semestre.

Para o segundo semestre, o grupo espera melhores resultados, à boleia de um aumento das receitas, antecipando uma margem de resultado operacional na ordem de um dígito.

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