Bugatti lança Brouillard: modelo é tão exclusivo que nem Cristiano Ronaldo pode ter este supercarro

Bugatti que ninguém mais no planeta pode ter, não importa quanto dinheiro tenha, porque só haverá um. A sua primeira criação tem um nome peculiar e histórico: Brouillard

Bugatti lança Brouillard: modelo é tão exclusivo que nem Cristiano Ronaldo pode ter este supercarro

A Bugatti aproveitou a Semana do Carro de Monterey para revelar a sua mais recente aventura em personalização extrema. Chamado de Programa Solitaire, foi projetado para clientes que não querem apenas um Bugatti, mas um Bugatti que ninguém mais no planeta pode ter, não importa quanto dinheiro tenha, porque só haverá um. A sua primeira criação tem um nome peculiar e histórico: Brouillard.

As suas origens não estão numa pista de corrida, mas num estábulo. Brouillard era o cavalo mais amado de Ettore Bugatti, um puro-sangue branco malhado que, segundo se diz, conseguia abrir a própria porta do estábulo graças a um engenhoso mecanismo projetado pelo próprio Ettore. Essa conexão entre homem, máquina e animal serviu de base para este hipercarro único, que combina tecnologia de ponta, detalhes artesanais ao alcance de poucos mortais e um design de tirar o fôlego.

BUGATTI coachbuilding returns with Programme Solitaire.

A new era of bespoke design begins with BROUILLARD, a one-of-one masterpiece inspired by Ettore Bugatti’s favorite horse.#BUGATTI #SOLITAIRE #BUGATTIBrouillard
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— Bugatti (@Bugatti) August 7, 2025

Primeiro de uma saga

O novo Brouillard não é um exercício improvisado (nada na Bugatti pode ser), mas o primeiro exemplo do novo programa para criar carros absolutamente únicos, além do já exclusivo programa Sur Mesure. A marca, assim, recupera a tradição do início do século XX , quando trabalhavam lado a lado com especialistas externos para moldar carrocerias únicas. É claro que agora tudo é feito internamente pela Bugatti, como Jean Bugatti fazia na sua época para criar ícones como o Type 57 SC Atlantic ou o Galibier.

O Brouillard é construído na plataforma mais avançada da marca e conta com o motor W16 quad-turbo de 1.600 cv (ou seja, quatro turbos), a joia mecânica que é o ápice de quase duas décadas de desenvolvimento.

Elegância e aerodinâmica

Quanto ao formato do carro, o design evita arestas agressivas e opta por formas que, segundo a marca, lembram os músculos tensos de um cavalo. O terço inferior, em tons escuros, confere leveza visual à parte superior da carroceria e faz com que as rodas pareçam maiores. Um spoiler traseiro fixo em formato de cauda de pato proporciona estabilidade e mantém a elegância da silhueta, pois não parece enorme ou extravagante, e o difusor aproveita ao máximo o espaço graças a uma integração inovadora do escapamento com as saídas verticais duplas. O trabalho aerodinâmico também inclui um sistema de fluxo de ar que aumenta o arrefecimento do radiador e mantém o equilíbrio do veículo mesmo em velocidades extremas, de acordo com a marca francesa.

Nas palavras de Frank Heyl, diretor de design da Bugatti, “fazer algo parecer simples é muito mais complexo do que você pensa”. E, neste caso, a aparente simplicidade mascara uma quantidade significativa de tecnologia, incluindo otimização térmica e um pacote aerodinâmico adaptado ao desempenho extremo do motor.

Interior exclusivo

O interior é igualmente exclusivo. Materiais como fibra de carbono verde, peças de alumínio e tecidos personalizados com padrão xadrez combinam com um teto de vidro que banha a cabina de luz. Tudo isso com uma espinha central que percorre o interior como elemento estrutural e estético, criando continuidade visual com a carroceria.

As referências ao cavalo de Ettore Bugatti são constantes, desde os bordados nos painéis das portas e bancos até à manete de velocidades, que integra uma pequena escultura de vidro de Brouillard dentro de um bloco de alumínio. Até mesmo o arranjo de couro nos bancos é único, neste caso seguindo o padrão solicitado pelo proprietário; o mínimo que eles poderiam fazer era atender aos pedidos do proprietário milionário!

Colecionador muito especial

Aliás, esse proprietário é um colecionador que vai além de carros. A sua paixão pela Bugatti inclui móveis projetados por Carlo Bugatti e esculturas de bronze de Rembrandt Bugatti. Este projeto foi, para ele, uma forma de unir todo o património artístico e mecânico da família numa única peça.

A Bugatti fabricará apenas duas unidades desta série exclusiva de carros por ano, cada uma construída na mesma base mecânica, mas com carrocerias e interiores criados do zero para cada cliente.

O que nunca saberemos é quanto este cliente pagou. Mas se considerarmos que 10 unidades do Bugatti Centodieci foram construídas (uma das quais foi comprada por Cristiano Ronaldo) e custaram 8 milhões de euros na época, suspeita-se, de acordo com o jornal espanhol ‘Marca’, que o preço desta criação única poderia facilmente ultrapassar os 10 milhões de euros.

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