Num registo algo distinto, tivemos a oportunidade de ensaiar um veículo diferente do habitual – uma pickup chinesa que vem para Portugal e que pouco se conhece dela e da sua marca.
Contudo, a FOTON tem bastante reputação e é uma das mais fiáveis. A marca fez parcerias com a Daimler, ZF e Getrag (transmissão) e Cummins (motores americanos muito fiáveis) e, dessa forma o modelo Tunland reune o que de melhor se faz na indústria.
O motor que a equipa é um 2L com 163 cavalos que nesta versão G7 é a gasóleo, com caixa manual (das marcas acima referidas), com seis velocidades – mesmo assim, continuo a preferir as automáticas pela usabilidade – mas bem escalonada e precisa.
A versão de ensaios conta com 5 lugares e cabine dupla, com um interior quase premium, muito embora o seu público alvo a vá utilizar como viatura de trabalho, tanto mais que a suspensão traseira ainda é de lâminas. Existe uma versão ainda mais luxuosa que já possui a suspensão traseira multilink, o que melhora significativamente o conforto e a manobrabilidade do modelo.
Esteticamente, a Foton está bem conseguida e não diverge na estética de muitas das suas concorrentes. Denota robustez mas também modernidade.
Pela sua altura, é obrigatório utilizar os estribos para conseguir entrar na Tunland e aceder a um interior muito bem conseguido, com bastantes plásticos moles (!!!!), bancos elétricos, aquecidos e em pele sintética, com um layout de desenho ao melhor estilo britânico.
O banco traseiro tem espaço suficiente para três pessoas e também é confortável viajar no mesmo. Sendo uma viatura que não tem peso na zona da caixa de transporte torna-a mais saltitante em pisos mais degradados, sendo que na generalidade a Tunland é bastante confortável, segura, precisa.
Em termos de condução não há muito a assinalar. Trata-se de uma viatura que exige cuidados redobrados face ao seu comprimento, largura e altura mas que possui todas as modernices – como sensores e câmaras para permitir a necessária segurança e condução.
Trata-se de uma viatura com elevado binário e uma caixa de velociades curta que serve o propósito. Em termos de comportamento e conforto, o modelo é bastante preciso, sendo que é fácil de conduzir em estrada e AE mas o que adora mesmo é todo o terreno para fazer uso da tração às quatro rodas e das redutoras.
Em resumo, surge mais um player no mercado que aposta em tecnologia de marcas parceiras com reconhecimento, tudo embalado num produto que aposta num interior mais luxuoso, comportamento são e preciso e um bom nível de conforto, garantindo consumos entre os 7.4 e 9.5litros a gasóleo com preços concorrenciais a começar nos 36.000€
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