Tesla poderá pagar um valor sem precedentes a Elon Musk: 1 bilião de dólares!

Tesla poderá pagar um valor sem precedentes a Elon Musk: 1 bilião de dólares!

A Tesla voltou a surpreender o mercado com uma proposta de remuneração estratosférica para Elon Musk, procurando não só motivar o seu CEO, mas também garantir a sua permanência e liderança na próxima década.

Musk tem de cumprir condições exigentes para este prémio recorde

A Tesla apresentou uma nova e arrojada proposta de remuneração para Elon Musk, na sequência do bloqueio judicial ao seu anterior bónus de 50 mil milhões de dólares. A fabricante de veículos elétricos propõe agora um pacote que pode atingir 1 bilião de dólares, condicionando este valor à capacidade do CEO de retirar a empresa da crise que atravessa atualmente.

Este plano, submetido à Comissão de Bolsa e Valores dos EUA, poderia transformar Musk no primeiro bilionário da história, cuja fortuna está atualmente avaliada em cerca de 435,4 mil milhões de dólares, caso todos os objetivos sejam cumpridos.

O novo plano de compensação distancia-se de um salário convencional ou de bónus em dinheiro. A totalidade do valor está dependente da atribuição faseada de ações ao longo dos próximos dez anos, mediante o cumprimento de metas extremamente ambiciosas.

Entre estas, destaca-se a venda de 20 milhões de veículos adicionais, um desafio considerável dado o atual cenário de contração nas vendas globais da empresa. A atribuição das ações será feita por tranches, ao contrário do plano de 2018, e está indexada ao desempenho bolsista da Tesla.

A empresa terá de multiplicar o seu valor de mercado, partindo do atual bilião de dólares para atingir uma capitalização de, no mínimo, 8,5 biliões de dólares. Para se ter uma noção da magnitude deste valor, a NVIDIA, atualmente a tecnológica mais valiosa, possui uma capitalização de 4,05 biliões de dólares.

Mais do que dinheiro, uma questão de poder na Tesla

Para além da componente financeira, esta proposta procura responder a um desejo antigo de Elon Musk: aumentar o seu controlo sobre a Tesla. Atualmente, o CEO detém cerca de 12% das ações da empresa. Com a concretização deste novo plano, a sua participação poderia ascender aos 29%.

Este aumento dar-lhe-ia um poder considerável para influenciar diretamente as decisões estratégicas da empresa, permitindo-lhe bloquear resoluções que não tenham a sua aprovação e, assim, solidificar a sua posição como uma figura central.

A proposta impõe uma cláusula de permanência: para receber a totalidade da compensação, Elon Musk terá de se manter como CEO da Tesla durante os próximos dez anos, sendo necessário um período mínimo de sete anos e meio para aceder à primeira tranche do pagamento.

Numa entrevista recente, Robyn Denholm, presidente do conselho de administração da Tesla, reforçou junto dos investidores que “reter e incentivar Elon é fundamental para que a Tesla se torne na empresa mais valiosa da história”.

Entre os desafios operacionais a superar contam-se o lançamento comercial de uma frota de um milhão de robotáxis e a implementação dos robôs Optimus integrados com a IA Grok, o que implicaria multiplicar por 24 os lucros atuais da empresa.

Após a sua apresentação formal ao regulador do mercado de capitais, o plano de remuneração será submetido à votação dos acionistas. Contudo, este passo poderá ser visto como uma formalidade, tendo em conta o precedente de 2018.

Na altura, um pacote salarial semelhante foi aprovado em assembleia de acionistas, mas acabou por ser invalidado por um tribunal do Delaware, na sequência da ação judicial interposta por um investidor, o que lança alguma incerteza sobre o desfecho final deste novo plano.

 

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