Donald Trump deixou um alerta às multinacionais para respeitarem as leis de imigração após a prisão de 475 funcionários de uma fábrica de baterias para carros elétricos da Hyundai na Geórgia. A operação, realizada pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), foi a maior fiscalização da agência num único local até hoje.
A maioria dos trabalhadores detidos era de nacionalidade sul-coreana, empregados numa joint venture entre a Hyundai e a fabricante LG Energy Solution. Centenas de agentes federais e estaduais participaram da ação, que marcou uma escalada nas medidas de Trump para conter a imigração ilegal. O episódio gerou críticas na Coreia do Sul e levantou preocupações sobre o impacto na atração de investimento estrangeiro direto nos EUA.
As autoridades sul-coreanas fretaram um avião para repatriar os trabalhadores, após negociações entre os governos dos dois países. O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, destacou que “as atividades comerciais das empresas e os direitos dos trabalhadores não devem ser injustamente violados” durante operações de fiscalização.
Trump, por sua vez, enfatizou que o incidente não afetou as relações bilaterais, afirmando que os EUA mantêm “um ótimo relacionamento com a Coreia do Sul” e lembrando o acordo comercial recente, que prevê investimentos sul-coreanos de perto de 300 mil milhões de euros e tarifas de 15% sobre exportações.
O ex-presidente sugeriu que, para fortalecer a indústria americana, especialistas estrangeiros deveriam poder vir legalmente para formar trabalhadores locais em áreas como a fabricação de baterias, chips e computadores. Numa publicação na sua plataforma Truth Social, Trump reforçou que empresas estrangeiras são bem-vindas nos EUA, desde que respeitem as leis de imigração e invistam na formação de trabalhadores americanos.
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