Embora tenha alegado que qualquer pessoa devia saber que não deve colocar a mão na trajetória de uma porta em movimento, a BMW terá de pagar quase dois milhões de dólares a um proprietário que perdeu a ponta do polegar, após vê-la presa numa porta do seu BMW X5 xDrive35i Sport.
Passaram quase dez anos desde julho de 2016, data em que o residente de Nova Iorque, Godwin Boateng, perdeu a ponta do polegar direito.
Na altura, estava com a mão apoiada no pilar da porta do seu BMW X5 xDrive35i Sport de 2013, com a porta aberta cerca de trinta centímetros. Quando a porta começou a fechar, o mecanismo de fecho suave (em inglês, soft close) acionou-se e cortou a parte superior do dedo.
A BMW inspecionou o veículo e concluiu mais tarde que não existiam defeitos no mecanismo da porta com fecho suave, recusando assumir responsabilidade por danos ou lesões.
Contudo, Boateng processou a fabricante alemã, alegando que podia perder até três milhões de dólares em salários devido à perda da ponta do polegar.
No processo, o proprietário defendeu que as portas com fecho suave da BMW eram perigosas, uma vez que, ao contrário dos vidros laterais, não utilizavam sensores capazes de detetar se algum objeto estava preso.
BMW não se livrou da indemnização
Em meados do ano passado, o caso chegou a julgamento e um júri atribuiu ao proprietário do BMW um total de 1,9 milhões de dólares em indemnização, num valor que incluía 800 mil dólares por dores e sofrimento passados, 850 mil dólares por dores e sofrimento futuros e cerca de 255 mil dólares por salários perdidos.
De acordo com o Car Complaints, citado pelo website automóvel Carscoops, a BMW tentou alguns recursos, que fracassaram.
O último concordou, também, com o júri original e recusou reabrir o caso, concluindo que a BMW incorreu em omissão enganosa ao não alertar os clientes para o risco de colocar a mão na trajetória da porta.
Leia também: