BMW pondera repescar uma tecnologia lançada há mais de uma década

BMW pondera repescar uma tecnologia lançada há mais de uma década

Por vezes, a evolução pode exigir dar um passo atrás e aproveitar uma boa ideia que se teve no passado. Assim sendo, fontes indicam que a BMW poderá repescar uma tecnologia lançada inicialmente no seu i3, há mais de uma década.

Um artigo recente da Bloomberg cita fontes da Bavarian Motor Works, onde se pondera a possibilidade de adicionar extensores de autonomia a alguns dos veículos da BMW.

A possibilidade parece estar a ser colocada em cima da mesa não apenas devido à crescente procura pela tecnologia, mas, também, por causa dos rivais da marca, na China, um dos seus mercados mais importantes fora da Alemanha e dos Estados Unidos.

De acordo com as fontes, a BMW está a ponderar a possibilidade de fabricar versões com extensão de autonomia de sedãs de luxo, como a série 7 topo de gama, e de SUV, como o X5, uma vez que são suficientemente grandes para acomodar um motor pequeno.

Além disso, a Bloomberg explicou que as versões dos veículos vendidos nos Estados Unidos e na China com distância entre eixos alargada são candidatos perfeitos para este tipo de tecnologia.

Para que serve a extensão da autonomia?

Em comparação com outros veículos elétricos, como híbridos e modelos elétricos a bateria, os Extended-Range Electric Vehicle (EREV) – em português, veículos elétricos com extensores de autonomia – possuem um pequeno motor a gasolina que não está mecanicamente conectado às rodas.

Em vez disso, funciona como uma unidade de energia a bordo, ativada sempre que necessário para recarregar a bateria.

Este tipo de alternativa é particularmente popular, em vez dos veículos elétricos a bateria convencionais, em mercados importantes, como a China. Ali, as vendas de veículos de luxo fabricados localmente por marcas como Li Auto e BYD têm prejudicado o negócio da BMW.

As fontes da Bloomberg partilharam que os custos de desenvolvimento para introduzir esta tecnologia seriam relativamente baixos para a BMW, uma vez que a fabricante já dispõe de uma grande variedade de motores pequenos e eficientes no seu catálogo de peças.

Apesar da informação divulgada, a BMW não entrou em detalhes sobre as suas intenções relativamente aos EREV, numa declaração remetida à Bloomberg.

A fabricante disse, contudo, estar “continuamente a analisar padrões de utilização, necessidades dos clientes e desenvolvimentos do mercado, bem como a rever o potencial de mercado de várias tecnologias”.

 

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